Maria da Assunção viveu no lugar da Espinhosa e dedicou a sua vida ao catecismo, ensinando múltiplas gerações de Sopo.
A sua casa era muito humilde: tinha apenas um quarto, o quarto de banho, as cortes dos animais e a sala onde era lecionada a catequese. Essa sala servia também como cozinha e nela encontrava-se um forno de lenha que tinha uma cruz gravada na porta, como era frequente nos fornos de famílias católicas. Durante muitos anos, a casa não teve qualquer canalização e era necessário ir buscar água à fonte. As portas originais eram de madeira e tinham entradas para os vários gatos que tanto estimava. No início deste século, Maria da Assunção acabou por falecer e a sua casa foi colocada à venda. |
Em 2009, surgiu a vontade de recuperar o que antes fora a casa da catequista e deu-se início a uma nova história.
O desafio principal foi encontrar o equilíbrio entre a preservação e a funcionalidade. Por um lado, era imperativo preservar as memórias e a traça original. Por outro, era necessário adaptar a casa aos tempos atuais. Assim sendo, as cortes foram transformadas num quarto (quarto principal) e os antigos quarto de dormir e quarto de banho foram reconstruídos. A sala da catequese foi amplificada, mas o forno e a laje adjacente mantiveram-se onde sempre estiveram. Era nesta laje de granito que se faziam pequenas fogueiras para confecionar os alimentos. Os vários anos de uso deixaram a sua marca, estando visível o desgaste. |
Existem ainda muitos outros vestígios do que antes fora a humilde casa de Maria da Assunção: as pedras nas paredes, a cadeira sanitária (atualmente pintada de rosa, no quarto principal), as pias onde era alimentado o gado (atualmente na sala, com livros), o louceiro (agora de verde, na divisão dos arrumos), a arca, entre outros objetos.
Em 2013, as portas foram abertas ao turismo rural e a casa foi transformada num alojamento local (AL). |